sábado, 13 de julho de 2013

Bruna pergunta, Tarapacá responde

Semana passada conversava com Bruna (Scavuzzi), quando ela me perguntou qual filme eu preferia, se Nunca Mais Vou Filmar (2012) ou Lara (2013).

Após hesitação, lembrei de amigo crítico que já me disse preferir NMVF, e lembrei que dois dos membros da equipe de Lara não fizeram cerimônia pra me dizer que não gostam do filme. No caso deles, se não conhecessem diretor, desconfio que o “não gosto de Lara” se tornaria “detesto Lara”.

Talvez por causa dessa lembrança imediata, isso tenha me remetido a uma coisa que meu pai costuma dizer a respeito de filho preferido. Pra ele, o amor é sempre diretamente proporcional à necessidade daquela pessoa naquele momento. Não sei se essa foi a questão que me fez responder Lara, mas foi o que disse a Bruna. Três dias depois, com foco na distribuição dos filmes, recebi três respostas positivas de festivais, o que teoricamente ajudaria meu raciocínio de que, se tivesse uma arma apontada à minha cabeça, salvaria Lara. Mas não foi bem assim.

Se duas das boas notícias foram pro mesmo festival, e marcou a primeira vez em que NMVF Lara foram exibidas num mesmo evento, a outra foi de um festival onde tinha inscrito os dois filmes. E só NMVF foi selecionado.

A partir do dia 18, o filme estará no V FestCine Tarapacá. Ele acontece em Iquique, capital da região que dá nome ao festival. A Competencia Curtas de Ficción tem 12 filmes, quatro deles espanhóis (um em co-produção com Argentina e França), quatro chilenos, um costa-riquenho, um argentino e um francês.

Não sei se essa seleção vai aumentar ou diminuir minha defesa por Lara, não sei como vai ser minha resposta à mesma pergunta daqui a dez anos, mas hoje tô feliz por NMVF.